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Políticos locais fizeram, na semana passada, uma visita ao Pronto-Socorro de Taubaté. Um deles agradeceu a diretoria do Departamento de Saúde, a médica Rita de Cássia Bittar, pelo agendamento e acompanhamento à visita. "Eu agendei e ela nos atendeu prontamente". No dia seguinte nos acompanhou, junto com o diretor do Pronto-Socorro."
De acordo com ele, a visita foi importante para levantar os pontos críticos dos hospital e concluiu: "O Pronto-Socorro está precisando de reforma, porque está do mesmo jeito que se encontrava em 2000. A última pintura foi em 1999, então está sujo, com banheiros quebrados e com instalações ruins. Acho até que tem risco de infecção hospitalar. Mas, o pessoal que está lá hoje entende de Pronto-Socorro, então se for dado condições, eles vão melhorar aquilo."
O político relatou que ala infantil do hospital estava bem, mas a parte dos adultos estava preocupante, pois as enfermarias estão lotadas, não há local adequado para colocar pessoas com deficiência mental e existe uma mini UTI,"que não deveria existir, isso gera uma disfunção."
"No último trimestre, 255 pessoas vieram a óbito no PS de taubaté, e nesse ano, 597 morreram lá", afirmou o político. Ele buscou o porquê desse número e chegou a dos pontos fundamentais: a falta de retaguarda hospitalar e o plantão controlador."Não tem para onde mandar o doente e o plantão controlador não tem a sensibilidade para priorizar o atendimento, não tem ninguém para fazer o direcionamento. O Pronto-Socorro de Taubaté não tem autonomia para realizar a internação."
"vamos resolver acelerar o processo e contribuir para melhorar isso, então trouxe para a Câmara Municipal, para a Comissão de Saúde e todos os vereadores aqui, um convite para marcar uma audiência pública, se possível já na semana que vem, para discutir a saúde pública de Taubaté", convidou.
O político contou que se reuniu com a diretora regional de saúde, Sandra Tutihashi, para apresentar o problema da falta de vagas e o plantão controlador. Nessa reunião, ele tomou conhecimento de um documento assinado no dia 3 de Setembro, o qual oficializa que apartir da data de assinatura, o Pronto-Socorro Municipal solicitaria vagas ao Hospital Universitário, a Santa Casa de São José dos Campos, a Santa Casa de Misericórdia de Aparecida e a Fundação São Paulo e Campos do Jordão. "Sem passar pelo plantão controlador, então metado do problema está resolvido, porque passa a ter leito oficialmente. Então, como continua essa história que não tem leito?"
O político argumentou que existe um outro aspecto que pode resolver o problema da falta de dinheiro para a construção de um Hospital Municipal na cidade. "Existe um programa do Governo do Estado, chamado 'Pró Santa Casa', que chega a todos os hospitais municipais, no qual o Estado paga 70% do custo da internação e o município se responsabiliza por 30%, em uma parceria. Se a Prefeitura tiver dinheiro para construir o hospital, a cirurgia está garantida, porque os 30% são menos que os R$500 mil que nós autorizamos aqui, como alternativa para o prefeito comprar vaga. Então, nós temos como fazer, o Hospital Municipal é viável."
"Porque não tem? Porque não faz? É só procurar, e isso não passa pelos planos da Prefeitura de Taubaté. Se acrescentar a isso que os medicamentos estavam sendo comprados por um preço exorbitante, e que com os pregões da semana passada teve uma queda muito grande nos preços, significa que nós estamos gastando mal o dinheiro da saúde, e podemos fazer acontecer uma saúde muito melhor, bastando um pouco de inteligência e vontade política", concluiu.