sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sindicato anuncia 278 contratações na Ford de Taubaté


A Ford vai contratar 278 trabalhadores na unidade taubaté a partir deste mês de outubro. O anuncio foi feito na manhã de quinta-feira, dia 15, ao Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região.
As contratações se dão em razão no aumento da produção de veículos prevista para 2010, que resultará no aquecimento do mercado interno. Na terça-feira, dia 13, o diretor de Assuntos Corporativos da Ford na América do Sul, Rogelio Golfarb, anunciou que em vez dos 3 milhões de veículos vendidos projetados pela indústria para 2009, a Ford espera vendas de 3,1 milhões de unidades e que em 2010, esse número deve subir 5% comparativamente ao ano anterior.
Ainda, de acordo com a empresa, as contratações também acontecem em razão da preparação e ampliação que a fábrica tem que sofrer para se adequar a produção da nova família do motor Sigma. Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Isaac do Carmo, "as contratações são positivas e deixam claro que o acordo entre o Sindicato e a Ford em 2008 para o investimento na fábrica de Taubaté e para a produção do novo motor Sigma foi viável, além do que reafirma a responsabilidade do Sindicato na busca pela geração de empregos."
As contratações serão por prazo determinado de 12 meses, podendo ser renovada por mais 6 (seis) meses, e serão feitas por meio de um processo seletivo que terá início nos próximos dias.
Atualmente a unidade da Ford de Taubaté produz 1000 motores e 1400 transmissões por dia e emprega cerca de 1.350 trabalhadores.

Mobilização garante manutenção dos empregos dos trabalhadores na Pelzer


O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região anunciou em entrevista coletiva na manhã de segunda-feira, dia 19, a garantia da manutenção dos empregos dos trabalhadores na Pelzer graças a um acordo que cancelou a execução da ação de despejo movida pela empresa Indaru, proprietária do imóvel ocupado pela Pelzer.
O acordo sobre as dívidas da Pelzer com a Indaru foi firmado entre as duas empresas em audiência realizada na sexta-feira, dia 16, no Tribunal de Justiça de São Paulo, e tem como pré requisito a extinção de todos os processos entre as partes, afastando o risco da ação de despejo. As bases do acordo também estipulam em prazo de 5 anos para que a Pelzer consiga normalizar as pendências relativas ao imóvel que ela ocupa.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região, Isaac do Carmo, comemora a conquista da garantia dos empregos dos trabalhadores na Pelzer, que foi obtida graças à mobilização da categoria junto à sociedade taubateana. "Temos a clareza que este acordo entre as empresas só foi construído porque os trabalhadores na Pelzer, a sociedade taubateana e os poderes públicos foram mobilizados pelo Sindicato na defesa dos empregos na categoria", afirmou o presidente do Sindicato.
"Sempre mostramos que a maior preocupação do Sindicato neste caso da Pelzer, foi com a manutenção dos empregos dos trabalhadores, e deixamos que as empresas resolvessem suas pendências na Justiça", disse o presidente Isaac. A Pelzer é a maior empresa do setor de autopeças de Taubaté e região e com uma média salarial de R$1.200,00 injeta cerca de R$1,2 milhões por mês na economia do município.
Histórico: No dia 30 de setembro, a Pelzer comunicou ao Sindicato dos Metalúrgicos de taubaté e região que havia sido notificada de uma ação de despejo por falta de pagamento de aluguel movida pela Indaru, proprietária do prédio da empresa, e que teria que desocupar o imóvel até o dia 8 de outubro, causando a demissão dos 1.018 trabalhadores envolvidos em seu processo produtivo.
No dia 13 de outubro, o Sindicato esteve reunido com o prefeito Roberto Peixoto e com o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlos Peixoto, quando ambos garantiram apoio dos poderes públicos à luta dos trabalhadores na Pelzer.
No dia 14 de outubro, cerca de 200 trabalhadores na Pelzer estiveram na sessão ordinária da Câmara na qual foi aprovada uma moção de apoio à luta pela manutenção dos empregos. Na sexta-feira, dia 16, acontece audiência no Tribunal de Justiça de São Paulo entre a Pelzer e a Indaru, na qual é feita o acordo que afasta a possibilidade de cumprimento da ação de despejo.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Políticos pedem socorro ao Pronto-Socorro de Taubaté


Políticos locais fizeram, na semana passada, uma visita ao Pronto-Socorro de Taubaté. Um deles agradeceu a diretoria do Departamento de Saúde, a médica Rita de Cássia Bittar, pelo agendamento e acompanhamento à visita. "Eu agendei e ela nos atendeu prontamente". No dia seguinte nos acompanhou, junto com o diretor do Pronto-Socorro."
De acordo com ele, a visita foi importante para levantar os pontos críticos dos hospital e concluiu: "O Pronto-Socorro está precisando de reforma, porque está do mesmo jeito que se encontrava em 2000. A última pintura foi em 1999, então está sujo, com banheiros quebrados e com instalações ruins. Acho até que tem risco de infecção hospitalar. Mas, o pessoal que está lá hoje entende de Pronto-Socorro, então se for dado condições, eles vão melhorar aquilo."
O político relatou que ala infantil do hospital estava bem, mas a parte dos adultos estava preocupante, pois as enfermarias estão lotadas, não há local adequado para colocar pessoas com deficiência mental e existe uma mini UTI,"que não deveria existir, isso gera uma disfunção."
"No último trimestre, 255 pessoas vieram a óbito no PS de taubaté, e nesse ano, 597 morreram lá", afirmou o político. Ele buscou o porquê desse número e chegou a dos pontos fundamentais: a falta de retaguarda hospitalar e o plantão controlador."Não tem para onde mandar o doente e o plantão controlador não tem a sensibilidade para priorizar o atendimento, não tem ninguém para fazer o direcionamento. O Pronto-Socorro de Taubaté não tem autonomia para realizar a internação."
"vamos resolver acelerar o processo e contribuir para melhorar isso, então trouxe para a Câmara Municipal, para a Comissão de Saúde e todos os vereadores aqui, um convite para marcar uma audiência pública, se possível já na semana que vem, para discutir a saúde pública de Taubaté", convidou.
O político contou que se reuniu com a diretora regional de saúde, Sandra Tutihashi, para apresentar o problema da falta de vagas e o plantão controlador. Nessa reunião, ele tomou conhecimento de um documento assinado no dia 3 de Setembro, o qual oficializa que apartir da data de assinatura, o Pronto-Socorro Municipal solicitaria vagas ao Hospital Universitário, a Santa Casa de São José dos Campos, a Santa Casa de Misericórdia de Aparecida e a Fundação São Paulo e Campos do Jordão. "Sem passar pelo plantão controlador, então metado do problema está resolvido, porque passa a ter leito oficialmente. Então, como continua essa história que não tem leito?"
O político argumentou que existe um outro aspecto que pode resolver o problema da falta de dinheiro para a construção de um Hospital Municipal na cidade. "Existe um programa do Governo do Estado, chamado 'Pró Santa Casa', que chega a todos os hospitais municipais, no qual o Estado paga 70% do custo da internação e o município se responsabiliza por 30%, em uma parceria. Se a Prefeitura tiver dinheiro para construir o hospital, a cirurgia está garantida, porque os 30% são menos que os R$500 mil que nós autorizamos aqui, como alternativa para o prefeito comprar vaga. Então, nós temos como fazer, o Hospital Municipal é viável."
"Porque não tem? Porque não faz? É só procurar, e isso não passa pelos planos da Prefeitura de Taubaté. Se acrescentar a isso que os medicamentos estavam sendo comprados por um preço exorbitante, e que com os pregões da semana passada teve uma queda muito grande nos preços, significa que nós estamos gastando mal o dinheiro da saúde, e podemos fazer acontecer uma saúde muito melhor, bastando um pouco de inteligência e vontade política", concluiu.

CALAMIDADE POLÍTICA


Desde a década de 90 nada ou quase nada tem sido feito a favor para melhorar a saúde da população de nossa cidade. Mesmo, quando um parlamentar fez um ôba-ôba político e transformou o então Hospital de Misericórdia (antigo Hospital Santa Isabel) em Hospital regional de nada adiantou: muito ao contrário, a situação piorou.
Mas a culpa não é divina e sim dos homens pois caso contrário o PS municipal não teria tantas mortes registradas (mas de 500 de janeiro até agosto deste ano). E tem mais: o hospital escola - mantido pela Universidade de Taubaté - também está passando por sérios problemas, a maioria não divulgados.
Causa espanto que um município universitário que forma tantos profissionais (médicos, engenheiros, jornalistas, etc) não mantenha uma estrutura digna para a saúde dos menos abastados. Sim: tem local bom para cuidar bem dos que possuem um bom nível econômico: um hospital particular que é utilizado somente por conveniados e particulares. Um caso a parte dentro do caos da saúde de Taubaté.
Outra coisa: o SOS BAIRROS apurou que recentemente o OS municipal não tinha para dar aos coitados que lá aparecem nem dipirona. Se a saúde fosse levada a sério em nossa cidade desde a década de 90 nada disso - certamente - estaria acontecendo em nosso município.
Mas, o que observamos hoje PS uma calamidade pública, o caos e a irresponsabilidade política. Não adianta os nobres moradores se reunirem nos próximos dias para discutirem esses velhos problemas. Estranho: ano que vem tem eleições. Seria isso?

CALAMIDADE SOCIAL - Famílias são jogadas na sarjeta


Após 12 dias as 32 famílias que até então estavam morando provisoriamente em barracos numa área próxima a estrada do Pinhão, região do Parque Aeroporto (parte baixa da cidade) foram retiradas a "fórcepes" por Oficiais das Justiça e Policiais Militares por determinação da Justiça. O terreno onde mulheres, crianças, adolescentes e pais de família estavam residindo pertence a prefeitura local que cumpriu a reintegração de posse, que tinha suspendido no último dia 16. Isso aconteceu porque a atual administração não possui uma política específica para o setor habitacional da nossa cidade. A Prefeitura não divulgou o local onde essas pessoas serão alojadas. Isso ocorre porque - como foi afirmado acima - não existe planejamento habitacional em taubaté. Alguns dos "retirados" afirmaram que iriam para um albergue, que não possui estrutura para alojar essas famílias.