Deixemos de lado, por um instante, a trajetória histórica desta privilegiada cidade situada entre dois polos importantes deste País, São Paulo e Rio de Janeiro para
discorrer um pouco sobre sua gente, seus lugares, seus pontos pitorescos. Povo ordeiro, pacato e acolhedor, todos que aqui vêm para morar ou trabalhar logo se encantam com o tratamento do taubateano. De braços abertos são recebidos
e logo se sentem em casa. Alguns lugares marcaram gerações a começar pela praça central, onde fica a matriz são francisco das chagas, a nossa catedral. Dos
tempos em que haviam os restaurantes, os bilhares, sorveterias e cafés e nas noites quentes principalmente era ponto de encontro dos taubateanos em bate-papos prolongados; nos finais de semana, os mais jovens faziam dela o local preferido para as paqueras, troca de olhares e namoros nos bancos. No carnaval, não havia escola de
samba, mas os blocos quando desciam o morro desfilando pela rua duque passando ao redor da praça, contagiavam a todos levando a alegria para o povo. No futebol
proporcionado pelo Burro da Central, nosso querido Taubaté, após as jornadas esportivas aos domingos, a torcida se dirigia para o Bar do Alemão, onde ao lado, o
engraxate Cecilio. Anunciava em seu quadro negro os resultados dos jogos. Embora
bucólica Taubate principalmente nos anos dourados tinha seus momentos de lazer. Os cinemas Palas, Metropole, Urupês, Odeon, Boa Vista exibiam ótimos filmes, e até com duas sessões, aos domingos. As suas ruas estreitas eram caracteristicas de sua história de uma cidade tricentenária e que, ainda hoje, mesmo com o avanço do progresso, suas lembranças permanecem. Casas antigas são demolidas notadamente na parte central apagando a sua memória. Às Gerações atuais e futuras torna-se necessário deixar marcas, pontos pitorescos, algo que possa mostrar o que existiu e serviu de base para imortalizar uma cidade que teve e tem histórias e pessoas
para serem cultuadas no seu porvir. Senão houver preservação de sua memória certamente, já no futuro recente, não teremos o que falar de nosso passado. Como lidar com isso? O mais importante é não deixar a tradição morrer no esquecimento.
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